A PASCOM deseja a participação ativa dos paroquianos da família Bom Pastor. Diante disso, essa publicação é fruto de uma indicação, que pode ser vista na íntegra no link ao final desse texto. Obrigada a todos que nos ajudam a fortalecer a Pastoral da Comunicação! Tem alguma dica de tema a ser publicado? Entre em contato conosco!
Ano da oração
Na Audiência Geral de 8 de abril de 2020, o Papa recordava aos fiéis que a cruz é a cátedra de Deus. “Vai nos fazer bem olhar para o Crucificado em silêncio e ver quem é o nosso Senhor: é Aquele que não aponta o dedo contra ninguém, nem sequer contra aqueles que o crucificam, mas abre os braços a todos; que não nos esmaga com a sua glória, mas deixa-se despojar por nós; que não nos ama com palavras, mas nos dá vida em silêncio; que não nos força, mas nos liberta; que não nos trata como estranhos, mas assume sobre si o nosso mal, assume sobre si os nossos pecados. E isto, para nos libertar dos preconceitos acerca de Deus, olhemos para o Crucificado. E depois abramos o Evangelho.”
“Estimados irmãos e irmãs, Jesus mudou a história ao aproximar-se de nós e fez dela, embora ainda marcada pelo mal, uma história de salvação. Ao oferecer a sua vida na cruz, Jesus também venceu a morte. Do coração aberto do Crucificado, o amor de Deus chega a cada um de nós. Podemos mudar as nossas histórias aproximando-nos Dele, aceitando a salvação que Ele nos oferece [...]. Não se esqueçam: Crucifixo e Evangelho. A liturgia doméstica será esta. Abramos-lhe todo o coração na oração, deixemos que o seu olhar esteja sobre nós e compreenderemos que não estamos sozinhos, mas amados, porque o Senhor não nos abandona e nunca se esquece de nós, nunca.”
Ainda sobre o Ano da Oração, há uma reflexão sobre Moisés: A forma mais adequada de Moisés rezar será a intercessão (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2574). A sua fé em Deus é uma só com o sentido de paternidade que nutre pelo seu povo. Habitualmente, a Escritura representa-o com as mãos erguidas para o alto, para Deus, como se servisse de ponte com a sua pessoa entre o céu e a terra. E esta é a oração que os verdadeiros fiéis cultivam na sua vida espiritual. Embora experimentem as falhas das pessoas e a sua distância de Deus, estes orantes não as condenam, nem as rejeitam. A atitude de intercessão é própria dos Santos que, à imitação de Jesus, são “pontes” entre Deus e o seu povo. Neste sentido, Moisés foi o maior profeta de Jesus, nosso defensor e intercessor (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2577).
“Moisés exorta-nos a rezar com o mesmo fervor de Jesus, a interceder pelo mundo, a recordar que ele, apesar de todas as suas fragilidades, pertence sempre a Deus. Todos pertencem a Deus. Os piores pecadores, as pessoas mais perversas, os líderes mais corruptos, são filhos de Deus e Jesus sente isso e intercede por todos. E o mundo vive e prospera graças à bênção dos justos, à oração de piedade, esta oração de piedade que o santo, o justo, o intercessor, o sacerdote, o Bispo, o Papa, o leigo, qualquer batizado, eleva incessantemente pelos homens, em todos os lugares e épocas da história. Pensemos em Moisés, o intercessor. E quando temos vontade de condenar alguém e nos irritamos interiormente - irritar-se faz bem, mas condenar não - intercedemos por ele: isto ajuda-nos muito.”
Reflexões sobre a Anunciação do Senhor
Para o Papa Francisco, esta data tem um significado especial... “O anjo Gabriel saúda a Virgem assim: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo». Ele não a chama pelo nome, Maria, mas com um novo nome, que Ela não conhecia: cheia de graça! Mas pensemos no assombro de Maria: só então Ela descobriu a sua identidade mais verdadeira. Com efeito, chamando-a com aquele nome, Deus revela-lhe o seu maior segredo, que antes Ela ignorava. Algo análogo pode acontecer também conosco. Em que sentido? No sentido que inclusive nós, pecadores, recebemos um dom inicial que encheu a nossa vida, um bem maior do que tudo, recebemos uma graça original.
Falamos muito do pecado original, mas também recebemos uma graça original, da qual muitas vezes não estamos conscientes. De que se trata? Em que consiste esta graça original? Foi o que recebemos no dia do nosso Batismo, pois aquela data é o dia da grande graça, de um novo início de vida. Naquele dia Deus desceu sobre a nossa vida, e tornámo-nos seus filhos amados para sempre. Eis a nossa beleza original, pela qual nos devemos regozijar! Hoje, Maria, surpreendida pela graça que a tornou bela desde o primeiro instante de vida, nos leva a admirar-nos com a nossa beleza. Podemos captá-la através de uma imagem: a da veste branca do Batismo.
Esta nos recorda que, por trás do mal com que nos manchamos ao longo dos anos, em nós existe um bem maior do que todos aqueles males que nos aconteceram. Ouçamos o seu eco, ouçamos Deus que nos diz: “Filho, filha, eu o amo e estou sempre com você, você é importante para mim, a sua vida é preciosa!”. Quando as coisas não correm bem e desanimamos, quando nos sentimos abatidos e corremos o risco de nos sentirmos inúteis ou errados, pensemos nisto, na graça original. Deus está ao nosso lado, Deus está comigo desde aquele dia. Reflitamos sobre isto! (Angelus de 8 de dezembro de 2022)(Angelus de 8 de dezembro de 2022)
Texto: Jéssica Reis
Pascom - Paróquia do Bom Pastor
Referências para elaboração dessa publicação:
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