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Foto do escritorJéssica Reis

Palavras do Papa

A PASCOM deseja a participação ativa dos paroquianos da família Bom Pastor. Diante disso, essa publicação é fruto de uma indicação, que pode ser vista na íntegra no link ao final desse texto. Obrigada a todos que nos ajudam a fortalecer a Pastoral da Comunicação! Tem alguma dica de tema a ser publicado? Entre em contato conosco!



Ano da oração


Você já ficou “bravo” com Deus? Esta frase do Papa Francisco dá continuidade ao nosso itinerário neste Ano da Oração. O Santo Padre nos lembra que somente um filho é capaz de ficar bravo com o pai e depois voltar a encontrá-lo, e essa dinâmica também se apresenta em nosso relacionamento com Deus. Em sua quinta catequese dedicada à oração, em 2020, o Papa reflete sobre a “Oração de Abraão”. Francisco destaca que na vida de Abraão a fé se torna história, Deus já não é visto unicamente nos fenômenos cósmicos, como um Deus distante que pode incutir terror: “O Deus de Abraão torna-se o ‘meu Deus’, o Deus da minha história pessoal, que orienta os meus passos, que não me abandona; o Deus dos meus dias, o companheiro das minhas aventuras; o Deus da Providência.


Assim, Abraão familiariza-se com Deus, é capaz até de discutir com Ele, mas sempre fiel. Fala com Deus e debate. Até à suprema provação, quando Deus lhe pede que sacrifique precisamente o filho Isaac, o filho da velhice, o único herdeiro. Irmãos e irmãs, aprendamos de Abraão, aprendamos a rezar com fé: ouvir o Senhor, caminhar, dialogar até debater. Não tenhamos medo de discutir com Deus! Direi também algo que parece heresia. Muitas vezes ouvi dizer: “Sabes, isto aconteceu comigo e fiquei bravo com Deus” — “Tiveste a coragem de ficar bravo com Deus?” — “Sim, fiquei bravo!” — “Mas esta é uma forma de oração”. Pois só um filho é capaz de se zangar com o pai e depois voltar a encontrá-lo. Aprendamos de Abraão a rezar com fé, a dialogar, a discutir, mas sempre dispostos a aceitar a palavra de Deus e a pô-la em prática. Com Deus, aprendamos a falar como um filho com o seu pai: ouvi-lo, responder, debater. Mas de forma transparente, como um filho com o pai. É assim que Abraão nos ensina a rezar.”




Desarmamento


“O desarmamento é um dever moral!” Durante a oração mariana de um Angelus, o Papa recordou o segundo Dia Internacional da Conscientização sobre o Desarmamento e a Não-Proliferação e fez um forte apelo à comunidade internacional: “O dia 5 de março assinala o segundo Dia Internacional da Conscientização sobre o Desarmamento e a Não-Proliferação. Quantos recursos são desperdiçados em despesas militares que, devido à situação atual, continuam infelizmente a aumentar!


Espero sinceramente que a comunidade internacional compreenda que o desarmamento é, antes de tudo, um dever, o desarmamento é um dever moral. Tenhamos isso em mente. E isso exige a coragem de todos os membros da grande família das nações para passar do equilíbrio do medo para o equilíbrio da confiança.” Em 2022, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu o Dia Internacional do Desarmamento e Conscientização sobre a Não-Proliferação. A proclamação dessa data visa promover maior conscientização e compreensão das questões de desarmamento e não proliferação, especialmente entre os jovens.


Essa iniciativa reflete o compromisso contínuo da ONU com as metas de desarmamento multilateral e limitação de armas, essenciais para manter a paz e a segurança internacionais. A data escolhida recorda a entrada em vigor, em 5 de março de 1970, do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que simbolizou um ponto de virada nos esforços internacionais de desarmamento. Tema presente também no discurso do Papa ao corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé no início deste ano:


“Todos os conflitos põem em evidência as consequências letais de um contínuo recurso à produção de novas armas cada vez mais sofisticadas; recurso por vezes justificado com «o motivo de que, nas circunstâncias atuais, não se assegura a paz senão com o equilíbrio de forças». É preciso extirpar esta lógica e avançar pelo caminho de um desarmamento integral, porque nenhuma paz é possível onde alastram instrumentos de morte.”



Quem cede à soberba está longe de Deus


"Aproveitemos esta Quaresma para combater a nossa soberba". Esse é o convite que o Papa dirige aos fiéis presentes na Praça São Pedro para a Audiência Geral desta quarta-feira (06). Em sua catequese dedicada a este vício, Francisco sublinha que "por trás desse mal está o pecado original, a absurda pretensão de ser como Deus". Com um significativo aumento das temperaturas, sinalizando o fim do inverno no hemisfério norte, a Praça São Pedro voltou a receber nesta quarta-feira, 06 de março, milhares de peregrinos para a Audiência Geral. Antes da catequese, o Papa saudou os presentes a bordo do papamóvel e recebeu calorosas demonstrações de afeto por parte dos fiéis.


Francisco, que ainda se recupera de um resfriado, antes de seu discurso, lido por mons. Pierluigi Giroli, proferiu algumas breves palavras: "A catequese de hoje será lida por um dos meus ajudantes, porque ainda estou resfriado e não consigo ler bem. Muito obrigado!" A décima reflexão do Santo Padre no ciclo de catequeses sobre os vícios e as virtudes foi dedicada ao pecado da soberba. No texto, o Papa define o soberbo como “alguém que se acha muito mais do que realmente é; alguém que se agita para ser reconhecido como maior que os outros, quer sempre ver seus méritos reconhecidos e despreza os outros considerando-os inferiores.”


Ao recordar o vício da vanglória, tema da última reflexão, Francisco enfatiza que "é uma doença infantil" quando comparada a destruição de que a soberba é capaz: “Analisando as loucuras do homem, os monges da antiguidade reconheciam uma certa ordem na sequência dos males: dos pecados mais grosseiros, como a gula, para chegar aos monstros mais perturbadores. De todos os vícios, a soberba é a grande rainha. [...] Quem cede a este vício está longe de Deus, e a correção deste mal exige tempo e esforço, mais do que qualquer outra batalha para que o cristão é chamado.”


Na raiz da soberba, prossegue o Papa, “reside a absurda pretensão de ser como Deus”. Este vício arruína as relações humanas, envenena o sentimento de fraternidade e revela uma série de sintomas: “O soberbo é altivo, propenso a julgamentos, desdenhoso, em vão emite sentenças irrevogáveis ​​contra os outros, que lhe parecem irremediavelmente ineptos e incapazes. Na sua arrogância, esquece-se que Jesus nos deu poucos preceitos morais nos Evangelhos, mas em um deles mostrou-se intransigente: não julgueis.”


Segundo Francisco, quando lidamos com uma pessoa soberba, quando, fazendo-lhe uma pequena crítica construtiva, ou uma observação completamente inofensiva, ela reage de forma exagerada, fica furiosa, grita, interrompe relações com outros de uma forma ressentida: “Há pouco que se possa fazer com uma pessoa cheia de soberba. É impossível falar com ela, muito menos corrigí-la, porque em última análise ela não está mais presente consigo mesma. Com ela basta apenas ter paciência, porque um dia o seu prédio desabará.”


O Pontífice acrescenta o exemplo do apóstolo Pedro que, confiante, diz a Jesus: "Mesmo que todos te abandonassem, eu não o faria!", mas se descobre tão temeroso quanto os outros quando se depara com o perigo da morte: “E assim o segundo Pedro, aquele que já não levanta o queixo, mas chora lágrimas salgadas, será curado por Jesus e estará finalmente apto a suportar o peso da Igreja. Antes, exibia uma presunção que era melhor não ostentar; agora, em vez disso, é um discípulo.”


Por fim, o Papa enfatiza que o verdadeiro remédio para todo ato de soberba é a humildade. “No Magnificat, Maria canta ao Deus que com o seu poder dispersa os soberbos nos pensamentos doentios dos seus corações”: "É inútil roubar algo de Deus, como os soberbos esperam fazer, porque em última análise Ele quer dar-nos tudo. Portanto, queridos irmãos e irmãs, aproveitemos esta Quaresma para lutar contra a nossa soberba", concluiu o Papa.



Texto: Jéssica Reis

Pascom - Paróquia do Bom Pastor


Referências para elaboração dessa publicação:

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